O Panicum maximum cv. Massai é uma cultivar híbrida, espontânea, resultante do cruzamento entre o Panicum maximum e o Panicum infestum. Foi coletada na Tanzânia, leste da África e, trazido para o Brasil em 1982 pela Embrapa, porém, só foi liberada para comercialização no ano de 2001. O significado do nome “Massai” remete ao membro de um povo africano nômade, pastoril e caçador, que habita regiões do Quênia e Tanzânia.
Recomendado para solos de média fertilidade, apresenta resposta à calagem e adubação similar aos outros cultivares da espécie. É uma gramínea cespitosa de porte ereto e médio (até 60cm), com folhas quebradiças. O manejo é consideravelmente fácil e suporta bem o pastejo e o pisoteio intensivo do gado.
Recomenda-se que o pasto seja manejado com altura de entrada de 45cm e altura de saída de 20cm. A produção de proteína bruta na matéria seca está entre 9% a 12%. Apresenta baixa tolerância ao encharcamento do solo, e é uma opção para diversificação de pastagens no Cerrado, tolerando muito a seca e moderadamente o frio. Sua alta resistência às cigarrinha-das-pastagens e à mancha das folhas são extremamente consideráveis.
Suas principais características são: elevada produção (16 a 20 toneladas de matéria seca por ano), alto valor nutritivo, alta qualidade da forragem, moderada digestibilidade, uso na integração lavoura e pecuária e utilização para silagem e fenação. Suas principais desvantagens: susceptível ao nematoide das lesões radiculares causada pelo Pratylenchus brachyurus.
Em média, um grama de sementes puras viáveis possui 715 unidades. A recomendação para o plantio é de 14kg/ha de sementes de valor cultural 35% (500 pontos de v.c./ha). A semeadura deve ser feita na profundidade de 2 a 5cm, incorporando as sementes com grade niveladora ou com semeadora regulada para a profundidade recomendada.